Remígio e seu "Novo Tempo": entre o marketing e a estagnação**
- 17/05/2025
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Passados quase cinco meses desde que assumiu a Prefeitura de Remígio, o prefeito Cláudio Régis ainda não mostrou a que veio. Sua gestão, que prometia um "Novo Tempo", parece presa ao passado — não por respeito à tradição, mas por absoluta falta de avanço. A sensação é de paralisia administrativa, camuflada por uma política de "pão e circo" que tenta maquiar a ausência de ações concretas com eventos festivos e distribuição de benesses.
Enquanto as redes sociais da Prefeitura se enchem de fotos cuidadosamente editadas de entregas simbólicas e ações pontuais, as ruas da cidade contam outra história: vias esburacadas, cobertas de lixo e mato, sem calçamento nem saneamento básico. Ainda assim, a gestão se vangloria da instalação de algumas placas de identificação de ruas — como se nomear a precariedade bastasse para transformá-la. Pintar meio-fios das vias principais virou feito de destaque, enquanto obras iniciadas pela administração anterior seguem inconclusas, abandonadas como promessas de campanha.
Em meio a tudo isso, paira sobre o prefeito a sombra de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE), que pode levá-lo à cassação por corrupção eleitoral. Talvez por isso, a prioridade tenha sido intensificar o marketing nas redes sociais, usando até mesmo doações feitas por atletas como ferramenta de autopromoção. O que se vê, no entanto, é um governo sem rumo, mais preocupado em manter aparências do que em construir políticas públicas consistentes.
O "Novo Tempo" anunciado por Cláudio Régis, até agora, soa apenas como mais um slogan vazio — um eco dissonante da realidade enfrentada pelos cidadãos de Remígio, que seguem esperando por um governo de verdade.