Remígio: O lucro do banco com o nosso patrimônio

  • 30/05/2025
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Remígio: O lucro do banco com o nosso patrimônio

Uma Crítica à Gestão Municipal

A notícia de que a antiga sede da Secretaria de Educação de Remígio, um patrimônio público que por anos serviu à formação e ao desenvolvimento de gerações, está sendo adaptada para abrigar uma nova agência bancária levanta mais do que questionamentos: gera indignação. Em um cenário onde serviços essenciais como saúde e educação frequentemente clamam por mais recursos e infraestrutura, a decisão da Prefeitura de ceder um bem público a uma instituição financeira que, anualmente, lucra bilhões às custas da população, é no mínimo um tapa na cara do contribuinte remigense.
A gestão municipal tenta maquiar a iniciativa como um avanço, alegando que a nova unidade bancária trará "praticidade, conforto e acesso a serviços essenciais". Mas, convenhamos, para quem? Para o banco, certamente, que encontra em Remígio um terreno fértil para expandir seus lucros, sem precisar investir na aquisição ou construção de um imóvel. Para a prefeitura, talvez, que se gaba de atrair "investimentos" sem, no entanto, deixar claro qual o retorno real para o povo que financia essa benesse. E para a população? Será que ter mais um balcão de atendimento, em um prédio que antes abrigava a educação, é o que Remígio realmente precisa?
O absurdo se aprofunda quando consideramos que, ao mesmo tempo em que cede um prédio público de valor inestimável para uma empresa privada, a Prefeitura de Remígio continua a alugar diversos outros imóveis para abrigar seus próprios serviços. Estamos, então, pagando aluguel com o nosso dinheiro, enquanto um banco – uma máquina de fazer dinheiro – recebe de mão beijada e ainda vê o município investir na reforma de sua futura sede. Onde está a lógica nisso? Onde está o compromisso com o dinheiro público, que deveria ser usado para o bem-estar coletivo, e não para subsidiar os lucros de grandes corporações?
Não nos enganemos com a retórica do "desenvolvimento da cidade". O desenvolvimento que importa é aquele que melhora a vida das pessoas, que investe em escolas decentes, em saúde de qualidade, em saneamento básico. Ceder um prédio público a um banco que vem para "ganhar dinheiro em Remígio" – e que, é bom lembrar, já ganha muito em cima de tarifas, juros e serviços – é um sinal preocupante de prioridades invertidas.
É hora de os vereadores de Remígio, eleitos para fiscalizar e defender os interesses da população, romperem o silêncio e questionarem veementemente essa decisão. É preciso exigir transparência sobre os termos da cessão, os custos da reforma e o real benefício para a cidade. O patrimônio público é nosso, construído com o suor de cada remigense. Não podemos aceitar que ele seja entregue de bandeja para quem visa apenas o lucro, enquanto as necessidades básicas da nossa gente continuam a ser relegadas a segundo plano. A pior indigestão de todos os tempos, como bem descreveu um cidadão indignado, realmente consegue se superar.

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