​O Vergonhoso Espetáculo da Intolerância Política em Remígio

  • 05/06/2025
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​O Vergonhoso Espetáculo da Intolerância Política em Remígio

O recente episódio em Remígio, onde contratados da prefeitura orquestraram vaias contra o deputado estadual Chió durante a inauguração de uma obra, é um sintoma preocupante da intolerância e do descompasso democrático que parecem assolar a política local. A cena, constrangedora para o governador João Azevedo e duramente criticada por outras lideranças, expõe uma estratégia política que se distancia da civilidade e do respeito, elementos fundamentais para o bom andamento da vida pública.

É difícil dissociar a responsabilidade da gestão municipal de tais atos. A presença de uma secretária adjunta, diretoras, assessoras e até uma tia de um vereador (contratada da prefeitura) entre os organizadores da "vaia" sugere que a ação não foi meramente espontânea, mas sim orquestrada com algum nível de anuência, se não de incentivo, por parte da administração. A ideia de que "a educação vem de berço" ressalta a perplexidade diante de uma atitude tão pouco republicana, especialmente vinda de figuras que deveriam zelar pelo bem-estar e pela harmonia social.

A crítica do governador João Azevedo, que lembrou que Remígio deveria estar feliz em ter dois deputados trabalhando pela cidade, sublinha o absurdo da situação. A política deveria ser um ambiente de colaboração e articulação em prol do desenvolvimento, e não um palco para embates mesquinhos e divisivos. A atitude de vaiar um parlamentar que solicitou a obra em questão é um tiro no próprio pé, pois desvaloriza o esforço conjunto e fomenta um clima de animosidade que em nada contribui para o progresso do município.

O deputado federal Gervásio Maia foi ainda mais contundente ao afirmar que a atitude não era digna do momento. E o prefeito de Alagoa Nova, Francinildo Pimentel, cuja alta aprovação popular contrasta com o cenário de Remígio, classificou o episódio como "vergonhoso". Essas reações demonstram que o comportamento da gestão de Remígio não encontra respaldo entre seus pares, e se choca com os princípios de urbanidade esperados de representantes públicos.

Não é um incidente isolado. A referência ao evento de 2024, onde partidários do prefeito foram vestidos de amarelo para gritar seu nome na inauguração de uma escola estadual, reforça a percepção de um padrão de comportamento centrado na personalização do poder e na busca incessante por holofotes, em detrimento do debate democrático e do reconhecimento do trabalho alheio. O fato de o prefeito "só vir em Remígio em dia de evento" agrava a imagem de um gestor distante das reais necessidades da população e mais preocupado com a encenação política.

A democracia exige maturidade e respeito às diferenças. Atitudes como a observada em Remígio não apenas corroem a imagem da política, mas também desestimulam a participação cidadã e minam a confiança nas instituições. É fundamental que a gestão municipal de Remígio reflita sobre o impacto de suas ações e reoriente sua postura para um caminho de diálogo, colaboração e respeito mútuo, em vez de insistir em espetáculos de intolerância que em nada contribuem para o futuro da cidade.


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