De "Perseguidor" a "Quase Santo": O Palanque Eclesiástico de Cláudio Régis em Remígio
- 18/08/2025
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O evento Caminhos do Frio em Remígio, que deveria ser uma celebração da cultura e das belezas locais, se transformou em um palco digno de uma tragicomédia política, estrelada pelo prefeito Cláudio Régis. Com oito meses de gestão (nada para inaugurar) e já acumulando uma coleção de escândalos e perseguições a adversários, o prefeito provou que o clima de eleição, para ele, não tem data para acabar.
O festival, marcado por atrasos e uma desorganização notável, serviu como cenário para o espetáculo particular do gestor. Em vez de focar na organização, o prefeito transformou o camarote da prefeitura em um bloco de egos inflados, onde a ordem era clara: ignorar o vice, Coronel Galvão, e o médico Dr. Lucas Serafim, que já circula como o próximo candidato a vice-prefeito. Em meio a esse teatro, Cláudio Régis ainda encontrou tempo para fazer comícios improvisados no palco da festa, algo inédito na história do evento em seus dezoito anos em todas as cidades do circuito, provando que nem mesmo a Lei de Improbidade Administrativa é capaz de frear a sede por autopromoção.
A Divina Encenação e a Humana Falta de Respeito
O apogeu da performance de Cláudio Régis,que aprecida interpretar Judas, um papel que nada tem de santo, se deu no encerramento da festa. Em uma encenação de "arrependimento" comovente, o prefeito se agarrou ao Padre Nilson Nunes, suplicando perdão por seus inúmeros pecados. A cena foi tão dramática que muitos se questionaram se, com tantas faltas acumuladas, não seria mais eficaz buscar a absolvição diretamente do Papa.
A "cereja do bolo" da desorganização, no entanto, veio com o show mais esperado: o de Ana Carolina. Conhecida por sua voz marcante, a cantora subiu ao palco e se apresentou como se estivesse em uma sala de ensaios privada. Sem um "boa noite" ou qualquer interação com o público, ela entregou uma performance marcada pela falta de consideração, encaixando-se perfeitamente no clima geral de desrespeito que pairou sobre o evento.
Ao final, o Caminhos do Frio em Remígio deste ano fica na memória como um festival de ironias, onde a cultura cedeu lugar à política, a celebração foi ofuscada pela desorganização e um perseguidor tentou, de forma patética, vestir a pele de santo.
